Sexualidade e Prazer // Sessualitá e Piacere

A Sexualidade é um dos meus temas favoritos que enfrento na Parentalidade integrada. É para mim extremamente importante e até urgente enfrentar esse assunto de uma forma natural e saudável que ainda hoje, em 2020 é incrivelmente tabu. 

Fiquei extremamente feliz em ler na semana passada umas declarações de Papa Francesco sobre prazer sexual e gastronômico (podem ler os diálogos que houve entre Papa Francesco e o Carlo Petrini, diretor do Slowfood,  no livro, ainda só disponível em italiano “Terrafutura Dialoghi con Papa Francesco sull’ecologia integrale”)

Quando entre pais se fala, (se é que se fala), de sexualidade, normalmente é porque se tem um filho/a adolescente ou pré-adolescente. E a sexualidade é vista como um problema, a partir do medo, como algo a enfrentar do modo menos comprometido possível e cheio de regras sobre o que se deve ou não se deve fazer.

Sexualidade não é sinônimo de acto sexual, de penetração, de malícia, de pornografia, de abusos. A palavra vem do latim sexus, “gênero, estado de ser macho ou fêmea”, relacionado a secare, “dividir, cortar”, pois ele define a raça humana em duas partes.

A sexualidade dos nossos filhos começa com o nascimento deles, desde que têm um corpo. É algo que surge naturalmente, faz parte da vida, é importante não deixá-la na sombra, trazê-la á luz, re-descobrirmos o direito de vivê-la , de celebrá-la.

É um elemento fundamental e natural da nossa vida, assim como a alimentação, a saúde, o dormir. Mas disso não se fala.

O toque tem uma relevância enorme desde a nascimento. Um abraço, uma massagem, o dar banho, o dar a mão, uma festinha, um beijinho, o por creme, o nosso olhar repleto de amor para aquele ser…eu lembro-me que só me apetecia ter as minhas filhas juntas a mim.

Mas o corpo dos nossos filhos não nos pertence. O corpo dos nossos filhos ( e o nosso) é digno de respeito. O corpo de cada um, independentemente da idade, é Sacro.

As crianças têm direito a descobri-lo, a descobrir-se. A saber o que lhe dá prazer e o que não. Assim como tem uma comida preferida, que adoram comer, assim vão gostar de explorar o próprio corpo, vão demostra-nos se gostam ou não de ser abraçados, massajados, lavados… Faz parte. É natural. Para que isso seja saudável, precisamos (nós adultos) de estar informados, de nos libertar das sombras e crenças que estão ligadas ao respeito, ao prazer e a sexualidade. Somos todos ser sexuais. Todos nós gostamos de ter prazer, seja ele de qual natureza for.

A sexualidade tem vários estágios no crescimento da criança e todos eles precisam de suporte e consciência de parte do adulto.

Por exemplo a “Fase do Amor e Sexualidade”  (entre os 3 e os 6 anos) é uma fase crucial que determina, marca e define como vamos enfrentar, interpretar, vivenciar as nossas relações íntimas na idade adulta. 

Nessa fase a criança que sai da “Fase da Vontade”, (onde batia o pé e gritava para obter o que ela queria) se posiciona em modo mais persuasivo, como se estivesse a namorar o adulto para obter o que ela quer. Nessa fase também a descoberta, exploração do próprio corpo fica muito presente, as sensações que são provocadas pelo próprio toque podem ajudar a criança a regular-se emocionalmente. É preciso saber conversar sobre isso de forma natural. Proibir, castrar, fingir que não estamos a ver ou deixar completamente livre não são respostas saudáveis. 

No princípio das minhas palestras sobre esse tema, algumas pessoas ficam assustadas, porque há ainda muita confusão social sobre esse assunto.

Rapidamente conseguem ver e abordar essa temática com outras lentes, perceberem quantos condicionalismos e crenças temos… e isso faz parte da minha Missão. Inspirar e espalhar a voz sobre essa consciência.

Com uma educação sexual saudável iremos ter uma sexualidade vivida em plenitude e respeito no mundo, dando espaço a preciosa e valiosa sacralidade que essa contém. 

Eu escolho fazê-lo através das minhas palestras e cursos, nas sessões individuais, em textos como este e através da minha vida, da minha vivência enquanto mulher, mãe, educadora e companheira.

Se quiserem saber mais sobre a minha visão sobre esse tema, por favor contactem-me, pois tenho mesmo muito prazer em enfrentá-lo e espalhar sementes que possam brotar numa nova educação!

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SESSUALITÀ E PIACERE

La Sessualitá é uno dei miei temi favoriti che é incluso nella Genitorialitá Integrata. Per me é estremamente importante e addirittura urgente affrontare quest’argomento in forma naturale e salutare. Un tema che incredibilmente nel 2020 è ancora tabú per la maggior parte delle persone.

Mi sono rallegrata la settimana scorsa quando ho letto delle dichiarazioni di Papa Francesco a propósito del piacere sessuale e gastronómico (potete leggere i dialoghi avvenuti tra Papa Francesco e Carlo Petrini, direttore di Slowfood nel libro “Terrafutura Dialoghi con Papa Francesco sull’ecologia integrale”)

Quando fra genitori si parla (sempre che lo si faccia), di sessualitá, normalmente é perché si ha un figlio adolescente o preadolescente.

E la sessualitá é vista come un problema, che ha origine nella paura, ed é affrontata in modo piú astratto possibile, con un contorno pieno di regole su ció che si deve o non di deve fare.

Sessualitá non è sinonimo di atto sessuale, di penetrazione, di malizia, di pornografia, di abuso. La parola viene dal latino sexus: genere, l’essere maschio o femmina, relazionato con secare: dividere, tagliare, nel senso di dividere il genere umano in due parti.

La sessualitá dei nostri figli inizia con la loro nascita, dal momento in cui hanno un corpo. Sorge naturalmente, fa parte della vita, é importante non lasciarla nell’ombra, portarla alla luce, per riscoprire il diritto a viverla e a celebrarla.

É un elemento fondamentale e naturale della nostra vita, cosí come l’alimentazione, la salute, il dormire. Ma di questo non se parla.

Il contatto ha un valore enorme fin dalla nascita. L’abbraccio, il massaggio, la carezza, il fare il bagno, il dare la mano, mettere la crema, il nostro sguardo pieno – rivolto a quell’essere… mi ricordo che volevo avere le mie figlie sempre attaccate a me.

Ma il corpo dei nostri figli non ci appartiene. Il corpo dei nostri figli (e il nostro) é degno di rispetto. Il corpo di ognuno, indipendentemente dall’etá, é Sacro.

I bambini hanno il diritto di scoprirlo, di scoprirsi. Il sapere cosa dá piacere e cosa no. Cosí come abbiamo il cibo preferito, che si adora mangiare, cosí la necessitá e il piacere di esplorare il proprio corpo, ci dimostreranno se ci piace o no essere abbracciati, massaggiati, lavati… Fa parte. É naturale. Perché questo sia salutare, noi adulti dobbiamo avere l’informazione giusta, liberarci dalle ombre e dalle credenze che sono legate al rispetto, al piacere , alla sessualitá . Siamo tutti esseri sessuali. A tutti noi piace aver piacere, di qualsiasi natura sia.

La sessualitá ha varie e diverse espressioni nell sviluppo del bambino e ognuna di loro ha bisogno di supporto e consapevolezza da parte dell’adulto.

Per esempio la “Fase dell’Amore e Sessulaitá” (fra i 3 e 6 anni) è una fase cruciale che determina, segna e definisce come affronteremo, interpreteremo e vivremo le nostre relazioni intime in etá adulta.

In questa fase il bambino che esce dalla “Fase della Volontá” (in cui pestava i piedi per terra e gridava per ottenere ció che voleva) si posiziona in modo piú persuasivo, come se stesse “flirtando” com l’adulto per ottenere ció che vuole. Anche in questa fase la scoperta, l’esplorazione del próprio corpo diventa molto presente, le sensazioni provocate dal próprio toccarsi possono aiutare il bambino a regolarsi emozionalmente. È necessário che ci sia dialogo aperto e naturale a questo propósito. Proibire, “castrare”, punire, spaventare, far finta di niente o lasciare completamente libera l’esplorazione non sono risposte salutari.

Quando inizio i miei workshop su questo tema, alcune persone si spaventano, perché c’è ancora molta confusione sociale intorno a questa  tematica. Ma in poco tempo riescono a vedere ed abbordare quest’argomento con altre lenti, capiscono quanti condizionalismi e credenze abbiamo… e questo fa parte della mia Missione. Ispirare e spargere la voce su questa consapevolezza. Informare.

Con un’educazione sessuale salutare potremo avere una sessualitá vissuta in pienezza e rispetto, dando spazio alla sacralitá preziosa e inestimabile che questa contiene.

Io scelgo di farlo attraverso i miei workshop e corsi, nelle sessioni individuali, in testi come questo e attraverso la mia vita, il mio vivere come donna, madre, educatrice e compagna.

Se volete sapere di piú sulla mia visione di questo tema, per favore contattatemi, poiché mi fa molto piacere affrontarlo e spargere semi che possano germogliare in una nuova educazione!

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