Liberdade de amar.
Na semana passada, numa conversa com a minha filha:
“Mãe tu gostas do João?” Eu tentei esclarecer em que sentido ela me estava a fazer tal pergunta porque o João é muito meu amigo e é claro que sinto amor e carinho por ele. “Como namorado” “Não Mia, como namorado não, além do facto que o João gosta de ter namorados homens” Ao que ela me respondeu com total naturalidade e espontaneidade: “Ah…eu pensava que se gostasse de PESSOAS e não de homens OU de mulheres…”
UAU.
Eu também “penso” assim, mas a questão é mesmo essa: Penso. Ela tem isso dentro dela, tem esse saber intrínseco, esse saber de alma.
Não é por ser a minha filha.
Acredito mesmo que seja porque as nossas almas sabem, nós somos muito mais que géneros, cores, idade, cor de cabelo, fisionomia, altura, aparência…
Essas caixinhas estão na nossa mente, que foi e é condicionada com crenças, dogmas, certo e errado, opiniões que passam a ser verdades absolutas, julgamentos condicionantes…
Nos até podemos “pensar” de forma inclusiva e aberta, mas até quando isso for apenas um pensamento racional, cognitivo, traduzido em palavras bonitas, nada vai mudar.
Tem que vir de dentro. Temos que ir ao coração, a alma. Temos que ultrapassar a nossa primeira barreira : sair da mente e agir a partir de algo superior, que ultrapassa todos os nossos medos, mas que habita em nós. O divino que há em cada ser.
A partir daí podemos amar, namorar, desejar e estar ao lado de qualquer pessoa, sem definição, em liberdade.
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