Tomar decisões…

“Sai da tua cabeça e entra no teu coração. Pensa menos. Sente mais” Osho

Desde muito cedo na nossa vida ouvimos :

“Pensa!”

“Pensa bem”

“Pensa antes de tomar uma decisão”

“Pensa naquilo que fizeste” (vou ter que dedicar um outro post essa afirmação ?)

“Pensa antes de falar”

“Pensa antes de agir”

E assim ficamos formatados dessa forma e deixamos de ter acesso à nossa sabedoria interna. A sabedoria que mora no nosso corpo, no nosso coração, na nossa alma.

A sabedoria que vem do nosso instinto, da nossa intuição, da vivência das nossas emoções através do plexo solar fica assim silenciada. E entregamos todo o poder decisional à nossa cabeça, ao racional, com a ilusão que assim fazendo temos tudo sob controle…

A verdade é que assim fazendo é provável que fiquemos ainda mais baralhados, porque a cabeça vai sempre procurar a razão pela qual fazemos o que fazemos, o PORQUE temos que escolher o branco em vez do preto. E a vida não se resume a porquês. Ou então vai procurar na escolha mais seguro, o conhecido. Temos a ilusão que se pensarmos “bem”, vamos encontrar a solução perfeita.

E entretanto deixamos de viver o AGORA, o presente e o dia passa enquanto estivemos projetados no futuro (ou no passado) muito concentrados a fazer listas de prós e contras as ara encontrar a decisão ou solução perfeita…e não nos lembramos que provavelmente os momentos mais marcantes da nossa vida (aqueles quando nos sentimos conectados connosco, fiéis á nossa verdade, a nossa essência que não procura ser aceite pelos outros) são aqueles em que a mente nem teve a melhor, a voz que nos guiou foi outra ?

E provavelmente ficamos com frustração ou com amargo na boca por não ter feito o que sentimos que era para fazer, ou não dissemos o que ficou então entalado na garganta com medo de perder alguma coisa ou alguém…

As crianças, quando lhe for permitido viver a infância, não pensam, sentem e agem a partir do sentir. Há uma sabedoria nisso que vamos perdendo a medida que crescemos e entramos em contacto com o amor condicional…

Convido-te a ficar curioso com o que a voz da tua criança interior, o que ela diz? Com o que se entusiasma? Do que tem nojo? Convido-te a viver, a te permitires andar de mão dada com a vida, e de deixar que a vida te surpreenda…

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