9 anos atrás nasceste tu, com 42 semanas e 5 dias dentro de mim, depois de 3 dias em trabalho de parto.
Sempre soube que eras um Ser muito especial, que sabe o que precisa!
Aprendi e aprendo tanto contigo.
Sobre delicadeza, gentileza, força, unicidade, emoções, determinação, estar no palco, beleza, inspiração, criatividade, genialidade, sensibilidade, leveza, respeito, autenticidade, generosidade, consentimento, autonomia, flexibilidade, fazer uma coisa de cada vez, saber esperar, necessidades…
Aprendi a largar. E a confiar.
A largar o meu medo, meu controle, as minhas expectativas sobre ti (e de consequência sobre a vida), um ser humano muito determinado que não desiste da sua identidade…
Desde sempre mostras-te a tua independência, como se a cada gesto, e até a cada choro, estivesses a dizer-me “Confia em mim, sei o que estou a fazer”
E eu aprendi e aprendo a confiar.
A confiar que precisas apenas de alguém que te suporte no que já és. No que sempre foste. A confiar que a tua alma sabe o caminho.
É bonito de se ler, e é altamente desafiante de se fazer.
Porque o mundo em que vivemos não está ainda preparado para isso.
E enquanto mãe precisei de dançar entre o deixar-te ser e “fazer uma tradução simultânea” com o mundo a nossa volta…
Nos primeiros anos de vida, quando se desenvolvem as primeiras e fundamentais capacidades de autonomia, confrontei-me com muitos medos.
Meus.
E tive que escolher: ou acabava por sufocar-te e “matar” a tua autoconfiança, ou tinha que aprender a ver e viver por outra perspectiva.
E deixar-te ser.
O amor as vezes faz-nos hiperproteger, acabando por condicionar e moldar o outro por causa de medos ou crenças que são nossos e precisam de ser questionados e cuidados.
Agradeço-te tanto por isso meu Amor.
Contigo aprendi tanto.
Uma inspiração para não desistir de mim.
Obrigada por confiares em mim
E como tu gostas de ouvir quando acaba o dia e entras no mundo dos sonhos: “Ti adoro amore mio, sono così felice di essere tua mamma”
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