Podes escolher.
Escolhe tu.
Muitas vezes os pais, com todas as boas intenções de uma parentalidade/educação mais respeitosa, passam para o extremo de fazer escolher às crianças qualquer coisa, pensando que dessa forma lhe dão liberdade.
Na realidade estão a tirar à criança o poder ser criança.
Sobretudo nos primeiros sete anos de vida a criança precisa apenas de brincar e aprender através da brincadeira sem estar ocupada racionalmente em nada.
Precisa de ser criança.
Na sua inocência e na sua imaginação.
E isso implica o estar serena, sentir que está num ambiente seguro onde ela é amada, protegida e vista sabendo que há cuidadores que a cuidam, que a conhecem, que a vêem, que a respeitam e guiam a partir daí.
Elas precisam de um leader que saiba assumir a sua autoridade de forma consciente.
O leader é alguém que assume a responsabilidade de conduzir um grupo de pessoas tendo em conta as necessidades de cada uma delas e da “tribo” em geral sem perder de vista as mais altas intenções, onde se quer chegar e procurando valorizar a individualidade de cada um.
Ter essa figura ajuda a criança, que ainda está imatura a sentir-se seguro, a experiênciar e construir dentro dele essa energia
Claro que para ser um leader saudável precisamos de nos conhecer muito bem assim ter uma relação íntima com o nosso sistema nervoso
Quando vejo pais separados a perguntarem : “Podes escolher! Queres ficar com a mãe ou com o pai?”
“Preferes passar o Natal com o pai ou com a mãe? Podes escolher, sem problema!” Fico com a sensação de ter um buraco na barriga…
Eu sei que é feito com a melhor das intenções e algumas (poucas) vezes é mesmo pacífico para ambos os pais seja qual for a escolha…
Mas então sejam adultos!
Escolham entre vocês e simplesmente comuniquem de forma segura e serena aos vossos filhos como vai ser.
Garanto-vos que se isso for feito de forma consciente e honesta, estão a dar uma prenda enorme aos vossos filhos, estão a tirar-lhes um peso de cima, estão a deixar que sejam o que estão programados para ser : crianças.
É de nossa responsabilidade se tivemos filhos, se nos separamos e como gerimos essa separação!
Não podemos perdê-los de vista nessa equação!
É importante pensar que uma separação (por quanto possa ser eventualmente dolorosa) é um convite para uma transformação interna, uma evolução.
No Curso #SomosTodosFilhos da nossa Infância vais perceber muito mais sobre como enfrentar a infância!
E como costumo dizer “Nunca é tarde para termos uma infância feliz”
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