Estamos tão habituados a estar “fora” de nós, a olhar para a metereologia externa que esquecemo-nos do que está aqui dentro e ao que NOS podemos fazer frente ao que está fora.
Essa é cura. Essa é a liberdade.
Nós podemos sempre escolher como agir (bem diferente do reagir ) frente ao que nos acontece!!!
Se estou fora de casa e começa a chover, eu posso queixar-me que a meteorologia não estava correta, posso colocar a culpa sobre as mudanças climáticas, posso até achar que há uma conspiração para que se vendam mais chapéus de chuva… mas garanto-te que isso não vai mudar o facto de que esteja a chover e que precisas de saber qual é a melhor opção para ti frente a isso.
Podes gostar de dançar na chuva, podes aproveitar e entrar num café para te mimares com o chocolate quente (sou italiana…), ou podes apanhar um táxi para não te molhares e seres mais rápido, ou podes…, ou, ou…
Somos educados a procurar culpados. A ver quem tem razão.
A apontar o dedo e castigar.
E é isso que fazemos continuamente nas relações, de qualquer origem sejam.
Mas a vida é muito mais do que isso.
A vida é uma oportunidade incrível para nos apaziguarmo-nos com o todo.
A vida é evolução.
Cada um está no seu caminho, a fazer o seu melhor. Frente ao que sabe, a sua infância, frente ao seu desenvolvimento, aos seu valores, as suas intenções.
Se o que está fora de ti mexe muito contigo, tem uma mensagem para ti, se te toca é porque diz algo sobre ti e tem na realidade um tesouro a tua espera: cura.
A responsabilidade é tua.
Ninguém vai viver a tua vida se tu não o fizeres, cada um precisa de percorrer o próprio caminho e trazer as mudanças necessárias respeitando as suas próprias necessidades. Cada um precisa de encontrar a própria integridade, a própria dignidade, os próprios valores e ser fiel a si próprio.
Com gentileza.
Quando fazes isso, garanto-te, acontecem autênticos milagres.
Os filhos mudam automaticamente, os problemas parecem dissolver-se, a nossa energia vital dispara, possibilidades emergem em vez de obstáculos e becos sem saída.
Sentes que estás no sítio certo, há um orgulho interno.
A alma pula e dança cá dentro.
Não é uma visão cor de rosa, é uma montanha russa de experiência de sentires, de luz e sombras.
Isso é o que acredito.
Isso da significado a essa passagem por cá.
Cada pessoa que passa por mim é sagrada, tem uma alma que a habita, que está no seu percurso e eu quero trazer-lhe a melhor versão de mim.
As minhas filhas são sagradas, cada criança (que está dentro ou fora de nós) o é. E eu só quero respeitar-me e, de consequência, respeita-las.
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